segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Tabu

É comum ouvirmos do movimento estudantil que a sua luta se dá por uma sociedade igualitária.
Mas por onde começar? O que precisa mudar? Que sociedade queremos?
Essas questões são importantes para se iniciar a """revolução""".
A escola é um espaço onde se tem a possibilidade de construir, pelo menos, a base para esta sociedade SEM DISTINÇÃO. Faz-se necessária a discussão junto aos alunos de temas que durante muito tempo foram reprimidos, seja por valores morais de uma instituição religiosa ou por qualquer ordem soberana de uma época.
Como o caso da relação entre pessoas do mesmo sexo.
A diversidade sexual ainda é um tabu entre muitas pessoas. Professores são pessoas, logo, também, têm muitos tabus. Porém esses devem ter a compreensão de seu papel na mudança da ideologia de uma geração.
Torna-se obvio que o que se almeja é o respeito às diferenças e conquista por direitos iguais. Onde as pessoas sejam livres, entre outras coisas, para expressarem o que sentem e amarem quem quer que seja sem serem condenadas com atitudes preconceituosas ou de inferiorização. Não há argumentos coerentes para a repressão do amor, nem para discriminação do afeto. Portanto precisamos discutir o assunto.
Um Encontro Nacional de Estudante de Pedagogia se torna um espaço importante para fomentação desses assuntos e até mesmo para construção de conhecimentos que farão diferença não só na formação acadêmica desse profissional da educação, mas na formação cidadã de cada um.

6 comentários:

Unknown disse...

Bom, educação sexual na escola? Me lembro como se fosse ontem na minha quarta série quanto a minha professora de Educação Religiosa (no caso a Católica neh) foi dar uma das últimas aulas do ano sobre Educação sexual. Dando uma relembrada no que eu lembro que foi ensinado ela só falou de coisas como: Menstruação, Adolescência, Hormônios, Anatomia e o sexo homem/mulher papai-e-mamae em si. Bom, pra mim e pra muitos dos presentes a aula foi mais um monte de risadinhas e piadinhas do que educação já que foi só uma aula e pronto. Dai em diante eu formulei minha "educação" com minhas próprias experiências que tiveram a influência dos meus amiguinhos, meu irmão, da escola é claro, É o Tchan, Playboy, e etc. Niguém me explicou sobre diversidade sexual ou liberdade sexual. Pra mim o homem ficava com a mulher, se casavam, fornicavam, tinham filhos, brigavam, se separavam, traiam! Homem com homem eram viadinhos e so faziam sexo escondido, Mulher com mulher eram sapatão e eu nem imaginava o sexo pra falar a verdade! Se eu soubesse que eu podia escolher com quem ou com o que eu queria fazer sexo seria mais facil pra mim... se fossem colocadas duas palavrinhas RESPEITO e IGUALDADE acho que seria melhor! Mas lidar com escola pra minha cabeça e muito complicado, pra mim sempre vai ser akeles pestes sentados no fundão conversando a aula toda e falando de sexo, akeles nerds sentados na primeira fileira fingindo que nem sabem o que e isso, akele menininho "suspeito" que so anda com meninas e nao gosta de futebol que tem uma paixao escondida pelo coleguinha, akela professora chata que nao faz sexo ha anos huahuahuahu... entao e isso... um pouco da minha experiencia "Sexual" uhahuaha!

Unknown disse...

Lembrei agora de uma coisa que vc me disse logo assim que nos conhecemos, vc disse que a faculdade de pedagogia é uma faculdade "para a vida",e é verdade. Vocês(pedagogos) se tornam não somente educadores, mas pessoas melhores, mais humanas. Acredito que a mudança vai começar através de vocês. O preconceito, os tabus, são passados de geração em geração, de pai/mãe p filho e é difícil ser quebrado. Mas qdo a escola começar a intervir nisso, a realidade será outra. Fomos educados p aceitar tudo o que foi imposto pelos nossos antepassados, nos ensinam desde pequenos a pensar em casamento(heterossexual), igreja, filhos etc etc. E todos aqueles que fogem a essa regra são discriminados até dentro de casa, ou melhor, principalmente dentro de casa.
É claro que a transformação de toda uma sociedade levará anos, séculos, sei lá qto tempo; mas é papel de cada um de nós não aceitar nenhum tipo de preconceito.
Saudades de vc, minha pedagogaaa liindaaa ;)

Rodrigo Canuto disse...

Que texto bonito, menina.
Concordo com vc em vários pontos. A escola deveria recuperar seu papel de preparadora para a vida (papel q a mídia, mais precisamente a televisão, roubou) e mostrar aos seus alunos que existem questões como diversas orientações sexuais e identidades de gênero. A escola deveria mostrar que a heteressexualidade não pode ser norteadora de todos os princípios humanos, que a heteronormatividade sufoca aquilo que lhe é diferente. Mas ensinar somente isso seria muito pouco. Para que se acabem todos os preconceitos (raça, etnia, gênero, orientação sexual,geracional,deficiência física ou mental, local de nascimento, religião e vários outros), a matéria direitos humanos é que deveria ser imprescindível.
E o pior que, apesar dos tabus, não é uma matéria muito difícil de se ensinar, não.
Bjos
Adorei o blog.

Rodrigo Barbé disse...

mto bom o blog!!!
bjos

Milly disse...

É impressionante ver que num mundo considerado moderno em que vivemos, as pessoas ainda estejam repletas de conceitos pertencentes há um tempo que já não é mais o presente. É difícil constatar que ainda há que se fazer escolhas em detrimento das vontades, em nome de convenções socialmente impostas.
Acredito que ainda vá chegar o dia em que a educação sexual seja parte da educação para a vida. Porque a vida nada mais é do que um espaço-tempo de ressignificações e reconstruções de idéias e conceitos.
Não quero viver em um mundo onde temos que escolher isto ou aquilo. Nem sequer quero um ambiente em que deve-se escolher isto, e não, aquilo porque é o mais acertado, correto ou conveniente.
Cada um com sua individualidade serve para que todos formem uma sociedade mais respeitosa e evoluída.

Maíra Mello disse...

Loreninha, gostei muito do seu blog. Vou passar por aqui mais vezes!!