sábado, 20 de junho de 2009

Uma pausa pra relaxar, sem perceber

A gente inventa o cigarro, ascende e começa um hábito. Mas a principio é só uma brincadeira, experimentação, dessas que a gente considera interessante passar.
Na mesa do bar, a maioria fuma. E os passivos, como são chamados pelo Ministério da Saúde, assistem sem perceber (há controvérsias). Aos olhos de quem não se iniciou nesse hábito é uma tremenda burrice tal uso. E com razão. É a educação surtindo efeito. Que bom. Então, já que é sabido da tolice de fumar, vou ascender um, e desse mal não vou me viciar, porque quando eu quiser parar consigo. Não vai fazer falta. Afinal nem sei qual é a falta que faz se não é presente. Claro.
Mas sem perceber, agora na mesa do bar não tem mais passivos. Todos estão na mesma vibe. “Só não fumo em casa”. Grita João. “Tá doido maluco, eu não fumo em lugar nenhum, só quando bebo”. Responde Pedrinho. E assim todas as noites do bar tornam-se recheadas de maços, isqueiros, cinzeiros, palitos, cinzas, fumaaaaaaaaçaaaaaa, e muita descontração. Prazer, risos, alegria, amigos.
Sem definir causa ou motivo alguém pára de freqüentar o bar, e seus momentos de socialização com o cigarro, que estavam limitados ao uso no bar, de certa forma são interrompidos.
“Mas que saudade dos velhos tempos”. Ascende um cigarro na faculdade e começa a lembrar.
E assim, sem perceber, ele passa a ser associado com uma situação legal.


Uma pausa pra relaxar. Vamos fumar um cigarro?


Obs.: Esse texto não tem a finalidade de estimular o uso do cigarro. É uma obra de ficção. Toda e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.