domingo, 26 de setembro de 2010

Viajando

O lugar é Ouro Preto, uma cidadezinha de Minas Gerais.

A paz era tanta que se confundia com a falta de barulho que tinha.

E a gente ali, sentado, sentindo o Sol que ia se pondo.

A cerveja geladinha que sempre pedia mais uma.

O verde do mato e a palha do cigarro faziam a união perfeita entre cenário e personagem.

As portas e janelas do lugar, através da arquitetura que diziam barroca, marcavam presença, são história e memória do povo.

Tanta arte, tanta gente, tanto amor, quero viver tudo de novo.

Sentada naquela mesa de bar via os contrastes. Um fundo de quintal com toalhas estendidas no varal, às portas abertas mostrando a mobília que habitavam as casas, tapetes, mesas, moveis antigos que reforçavam a diferença entre o velho e o novo.

O artesanato que dava as caras, através de esculturas, que as mãos calejadas daquele senhorzinho talharam numa madeira que antes era árvore.

Já não sinto mais o Sol, ele se esconde atrás das nuvens. E essas, indicam a chuva que vem vindo por aí pra lavar as ruas que por essa semana passamos.

Ouro Preto, O Sótão (bar), com Daniel e Inaê - 25 de setembro de 2010 às 17:30

4 comentários:

Anônimo disse...

"Foi de uma poesia ímpar"

Expressa uma sensibilidade rebuscada... Aliada a um desapego nas arestas...
Acabando por criar um vértice entre o comum pacato e os contrastes de detalhes..
Desenhou a vida em um cenário com um palco e com muitas portas, e diversas maneiras de encará-las..
A forma como você escreve.. descreve..desenha..
Não se explica...
"Ou toca ou não toca"

E pra variar...
Toca!

Anônimo disse...

Nooooooooooooooossssa me deixo super na vontade.....liiindisssimoo seu poema Lorena
As viajens sao acima de tudo experiencias para de expandir o corpo, a meste e a aaalmaaa
Beijaaao
Ivaan

Lenina disse...

Acho que quando a alma pede uma viagem, costuma ser legal -
independentemente do lugar.
Sair um pouco do ambiente urbano viciado é sempre gostoso! Energias renovadas para encarar a luta da realidade diária na selva de pedra insensível, de corações esvaziados e mente cheia - de paranóia! :)

Maíra Mello disse...

realmente Ouro Preto te inspirou...