quinta-feira, 29 de julho de 2010

Let a woman in your life

Eu queria conseguir organizar minhas idéias como eu faço com pastas de computador.

E para cada setor da vida uma pasta com seus determinados arquivos. Engraçado como eu não consigo separar as coisas. E por isso a minha vida é uma desordem?

Aparentemente não. Tenho uma rotina (?), uma lista de atividades, planos para o futuro...

E me desorganizo casualmente, quando me pego interessada por alguém.

E aí, no vício pós-moderno do clique, não consigo acessar algumas pastas dos meus pensamentos, por que um download, que fiz recentemente de você, ocupa toda a memória recente da minha cabeça.

Influenciada pelas últimas atividades que fiz, um filme que assisti, tiro um diálogo entre dois personagens:

- Ela foi embora.

- Claro, querido. O que você esperava?

- O que vou fazer?

- Viver sem ela, suponho.

- E assim será. Se o meu oxigênio queimou os pulmões dela... ...deixe-a procurar algo que lhe sirva. Ela é uma coruja doente que precisa de alguns dias de sol. Deixe-a. Posso ficar sem ela. Não preciso de ninguém! Tenho minha alma! Minha própria chama divina!

Foi o que ele disse. E é o que muitos dizem. E de tanto afirmar, acreditam nisso.

Existia uma rotina, existiam hábitos, existia uma vida, sendo levada sem a necessidade de ter aquela pessoa. Mas o que tornam as coisas necessárias?

Ela entrou na minha vida e fez com que eu acordasse mais cedo para ter tempo de incluí-la no meu dia. Fez-me preferir caminhar numa tarde de sol ao invés de usar meu tempo livre para descansar. Fez-me querer estar até mais tarde num bar ao invés de ir dormir sempre no mesmo horário. Fez-me querer ir mais vezes ao teatro do que ficar em casa planejando o dia seguinte. Fez-me alterar coisas na minha rotina que só tem graça com ela, sem ela, volto para minhas ocupações anteriores, o que me fez perceber que a outra rotina tornava a minha vida mais intensa. Mais prazerosa. E por isso eu não gostaria que ela fosse embora assim.